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ESTABILIDADE DE AGREGADOS
Uma das formas de avaliar indiretamente a estrutura do solo em laboratório, é através da estabilidade dos agregados.
Mudanças na estabilidade do agregado podem servir como indicadores iniciais de recuperação ou degradação dos solos.
Geralmente, as partículas em pequenos agregados (<0,250 mm) são ligadas por formas mais antigas e estáveis de matéria orgânica.
A decomposição microbiana de matéria orgânica fresca libera produtos que ligam pequenos agregados em grandes agregados (> 2 mm).
Esses grandes agregados são mais sensíveis aos efeitos do manejo sobre a matéria orgânica, servindo como um melhor indicador das mudanças na qualidade do solo.
Nos solos, a presença de agregados grandes e estáveis (macroagregados), condicionam a ocorrência de poros grandes, nos quais, o fluxo da água e do ar ocorre livremente e as raízes das plantas conseguem crescer sem impedimento.
Solos com alta estabilidade estrutural são mais resistentes a erosão!

Existem diversos métodos que avaliam a estabilidade de agregados, via úmida ou via seca e que exploram um ou mais mecanismos de rompimento de agregados.
Os métodos via úmida, sugerem o quão bem o solo pode resistir ao impacto da gota de chuva e à erosão hídrica. Um dos métodos mais utilizados é a Tamisação via úmida.
Este método se baseia em um processo de peneiramento de uma amostra de agregados disposta em um jogo de peneiras de malhas com aberturas decrescentes, sendo a operação realizada com embaixo d’água.
A partir do peso de solo retido em cada peneira (correspondente a uma classe de tamanho de agregado), calculam-se índices de agregação, como diâmetro médio ponderado (DMP) ou diâmetro médio geométrico (DMG).

Artigo metodologia:
ELLIOTT, E. T. Aggregate Structure and Carbon, Nitrogen, and Phosphorus in Native and Cultivated Soils. Soil Microbiology and Biochemistry, v. 50, p. 627–633, 1986.